A arquitetura moderna foi desenvolvida no início do século XX e trouxe uma nova perspectiva ao mundo da construção, transformando as práticas da época. Um dos principais nomes responsáveis por essa revolução foi o arquiteto de origem suíça e naturalizado francês Le Corbusier, que formalizou os “Cinco Pontos da Nova Arquitetura” nos idos de 1926.
Esses princípios marcaram o início de uma abordagem funcional e estética que continua a influenciar projetos contemporâneos. Neste artigo, exploramos esses cinco pontos e suas implicações no design atual.
Boa leitura.
Pilotis, Planta Livre, Fachada Livre, Janelas em Fita e Terraço Jardim, os 5 tópicos apresentados por Corbusier, concretizados em 1929, no reconhecido projeto da Villa Savoye. Estes pontos foram bastante explorados na produção arquitetônica modernista e tornaram-se uma espécie de diretriz para a arquitetura contemporânea.
Conheça cada um deles:
Pilotis – Estruturas Elevadas
O primeiro ponto de Le Corbusier estabelece a elevação das construções por meio de colunas, conhecidas como pilotis. Esse conceito liberou o pavimento térreo para a circulação – de pessoas e automóveis. Ao elevar em um patamar as construções, os pilotis ainda permitem a integração entre natureza e urbanismo, valorizando áreas verdes. Essa abertura do térreo também facilita a ventilação e a iluminação natural, maximizando a funcionalidade e o conforto dos espaços.
Janelas em Fita – Deixe a luz entrar
Aqui Corbusier enfatiza o uso de longas faixas de janelas, conhecidas como janelas em fita, que permitem a entrada abundante de luz natural. A ideia possibilita visão panorâmica do exterior e vai de encontro ao atual conceito de sustentabilidade, indispensável na atualidade.
Terraço Jardim – Os famosos telhados verdes
Este ponto valoriza o uso de coberturas planas como jardins. Corbusier propôs transformar o telhado em um espaço útil, criando áreas verdes que conectem os ocupantes à natureza, mesmo em ambientes urbanos densos. Esse conceito garante estética diferenciada e traz benefícios ecológicos, como a absorção de água da chuva e a regulação da temperatura interna dos edifícios.
Planta Livre – Flexibilidade e funcionalidade
Le Corbusier defendia a ausência de paredes estruturais, permitindo que a planta interna fosse completamente flexível e mutável. Com isso, os arquitetos passaram a desenhar interiores mais dinâmicos e adaptáveis, sem as diversas restrições das paredes fixas. Trazendo o conceito para a nossa realidade, podemos citar o uso dos Cobogós que possibilitam a criação de espaços amplos, integrados e com estilo único.
A arquitetura para além do tempo. Há um século, Corbusier entregou soluções arquitetônicas, que transformaram a maneira como vemos e projetamos construções até hoje.