Ficamos todos entusiasmados e empolgados com a participação dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris. Para fechar com chave de ouro a edição de 2024 dos Jogos Olímpicos, trouxemos uma curiosidade inusitada: a Arquitetura já foi ao pódio deste renomado torneio mundial. Sim, você leu certo!
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Quando pensamos em Jogos Olímpicos, imediatamente associamos o evento a esportes como ginástica artística, vôlei, natação ou futebol. No entanto, uma curiosidade intrigante e pouco conhecida é que as Olimpíadas também já premiaram talentos artísticos, incluindo a arquitetura. Essa surpreendente combinação de esportes e artes revela uma faceta única e inspiradora da história dos Jogos Olímpicos.
Até meados do século XX, competições de arte faziam parte do programa Olímpico. As medalhas eram distribuídas em cinco categorias: Arquitetura, Literatura, Música, Pintura e Escultura. Também existiram subcategorias como drama, artes gráficas e planejamento urbano.
Pierre de Frédy, popularmente conhecido como Barão de Coubertin, visionário fundador do movimento Olímpico moderno, idealizou um plano onde arte e esporte andavam juntos. Coubertin queria conectar atletas, artistas e espectadores, pois acreditava firmemente que o espírito dos Jogos Olímpicos deveria refletir a integração harmoniosa entre corpo, mente e alma, como acontecia na Grécia Antiga.
A ideia foi concretizada em 1912, nos Jogos de Estocolmo, onde os artistas amadores competiram por medalhas nas cinco categorias propostas. No espectro das artes, as premiações eram entregues para obras inspiradas no esporte, dando aos Jogos Olímpicos uma dimensão cultural e intelectual única ao longo de sete edições.
A Arquitetura no Pódio
Dentre as categorias artísticas, a arquitetura se destacou de forma especial. Os projetos arquitetônicos eram submetidos a um júri que avaliava sua originalidade e a conexão com o esporte. As obras vencedoras eram então agraciadas com medalhas de ouro, prata e bronze, da mesma forma que as competições esportivas.
Algumas edificações premiadas ainda podem ser vistas, como o Estádio Olímpico de Amsterdã, do arquiteto Jan Wilis, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1928. O estádio, que serviu de cenário para as competições daquela edição dos Jogos, também se firmou como ícone arquitetônico. O projeto inovador de Jan Wils combinava funcionalidade e estética de maneira única e ganhou destaque pela integração equilibrada entre forma e função, refletindo claramente os princípios do movimento olímpico.
Em 1952, as competições artísticas foram substituídas por exibições de arte porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) entendeu que a maioria dos artistas participantes eram profissionais, o que ia contra a proposta inicial de ter o amadorismo como cerne na competição.
Os artistas deixaram um legado duradouro. Algumas das obras premiadas, como o Estádio Olímpico de Wroclaw, projetado por Richard Konwiarz, bronze em 1932, e o Ginásio Payne Whitney, de John Russel Pope, na Universidade de Yale, prata em 1932, continuam a ser apreciadas e admiradas até hoje.
A história das competições de arte nas Olimpíadas nos lembra que a arquitetura também é uma expressão artística. Da mesma maneira que os atletas olímpicos se esforçam para atingir o auge de suas habilidades, arquitetos e designers buscam incessantemente a perfeição em suas obras, procurando equilibrar funcionalidade e estética em cada aspecto de suas criações.